quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Pagando O Preço De Amar

“Filhinhos, não amemos de palavra nem de boca, mas em ação e em verdade” 1ªJo. 3.18

Uma marca do nosso tempo é o discurso longe da prática. Muito se tem falado sobre amor, respeito, justiça, paz etc. Mas poucos são capazes de pagar o preço. Na teoria muitos sabem o que devem fazer, mas apenas alguns se apresentam para serem usados como agentes de transformação. Não me refiro aos poetas, políticos, instituições etc – esta observação é sobre a Igreja de Jesus nos dias de hoje. Jovens “praticantes de religião” não fazem muita diferença no mundo, pois uma fé meramente religiosa só é capaz de produzir discurso religioso. O mundo não precisa de mais discursos religiosos, o mundo precisa de pessoas que paguem o preço de amar. E qual seria esse preço? 1ª Coríntios 13.7 responde: sofrer, crer, esperar e suportar. Essas são as marcas de quem ama “em ação e em verdade”. Faço minhas as palavras de Madre Tereza de Calcutá: “não é o que você faz, mas quanto amor você dedica no que faz que realmente importa”.

 Pr. Carlos Adrian

sábado, 16 de outubro de 2010

Oração É Para os Fracos

“... pois o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza” 2ª Co. 12:8b

Oração é para os fracos! Esta frase eu ouvi recentemente e trouxe muitas inquietações ao meu coração. Uma prática cristã que é essencial e ao mesmo tempo difícil de ser exercitada é a oração. Os próprios discípulos de Jesus não permaneceram “vigilantes” no momento mais angustiante do Mestre (Lucas 22.45-46). Ser uma pessoa de oração é reconhecer sua impotência diante de Deus. Assumir uma prática contínua de oração exige de nós uma renuncia: não quero ser forte! Porque? Porque enquanto nos sentimos fortes, não dependemos de Deus. Gostamos da sensação de poder e controle sobre a vida, por isso é tão difícil “orar sem cessar”. Na oração reconhecemos nossas fraquezas, mas permanecer neste reconhecimento não é interessante para o nosso ego. Toleramos nossas fraquezas por algum instante (talvez pela grande tristeza ou angustia que nos cerca), mas logo em seguida nos colocamos em posição de destaque – baixamos a guarda, deixamos de orar, esquecemos de quem nós somos diante de Deus. Oração é para os fracos, pois é na fraqueza que o poder de Deus se aperfeiçoa em nós!


Pr. Carlos Adrian
Paixão Pela Vida

A pessoa que sofre não apenas protesta contra o destino. Na verdade, sofre porque vive, e vive porque se interessa pela vida e porque ama. Quem não ama torna-se apático e não mais sofre. Vida ou morte são-lhe indiferentes. Quanto mais se ama mais se fica vulnerável. Quanto mais somos capazes de sofrimento tanto maior é a nossa capacidade para a felicidade. E vice-versa. Quanto mais nos dispomos à alegria, maior é a nossa capacidade para a tristeza. É o que chamaríamos de dialética da vida humana. O amor injeta vitalidade na vida, mas também nos faz mortais. Tanto a vitalidade da vida como a mortalidade da morte são experimentadas em conjunto através do interesse pela vida, que chamamos de amor.


Jurgen Moltmann